sábado, 12 de fevereiro de 2011

Navalhas Banguelas

A solidão não se perde no olhar penetrante de seus olhos
Carnívoro é o coração latejante da alma vagabunda
Que, de certa forma, atinge meu ser ligeiramente cansado
E rompe a raiz do mal, devorando o amanhecer de cada dia

Não há razão dentre as razões que circundam a presença
A carne fraca traz aquele sentimento de sentimento interrompido
Traz-te vertiginosa aos meus pensamentos mais cruéis
Infiéis, tragados por uma boca ensandecidamente ensangüentada

Unhas e dentes se partem ao atacar a mórbida híbrida relação
Contundentes se fazem sob o fio da navalha banguela
A Pátria pútrida cumprimenta a Mãe Terra pelo fértil solo
Tão cheio de detritos, de ameaças e de si próprio

Em todo este mar de flutuantes naufrágios encontra-se esta
Aquela, e mais algumas luzes de velas queimando-se sofridas
Pranteando desesperadas pelo fim da parafina suada
Pois sabem que o fogo arde em dor, não em prazer

Afinal, qual seria o desfecho apropriado para a História?
Apenas o fim.

3 comentários:

  1. Profundo, com várias interpretações
    criatividade num é o que te falta meu amigo
    muito bom como sempre
    e escrever amplamente é sempre interessante
    cada qual com a sua interpretação
    essa é a beleza de uma boa poesia

    super beijo

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  2. cadê os seguidores do blog? Não quer ninguém seguindo? rs

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  3. Entendi pouco... me lembrou Machado de Assis agora ^^

    [desculpe minha ignorância, mas prefiro coisas mais cruas e claras... c sabe]

    ...gostei do final...........

    bjos

    =***

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