Se há um lado positivo em ficar
tanto tempo afastado deste blog é
que, normalmente, sempre há novidades quando retorno. Neste caso, não apenas
isso como também a correria, pois Abril é mês de provas e entrega de trabalhos
na faculdade. Estou contando as semanas para acabar com este processo doloroso,
cansativo e nada produtivo. Algumas poucas amizades talvez sejam a única coisa
boa que carregarei daquele lugar.
Em 12 de Março iniciei um
clareamento nos dentes, o que me impediu de fumar e – ainda mais desesperador –
me fez interromper o consumo de Coca (a bebida). Acontece que sou um louco
apaixonado por este líquido (fato extremamente óbvio para quem me conhece, além
de motivo para diversas piadas) e passei por maus bocados após ter cessado
abruptamente meus dois grandes vícios, embora com o cigarro tenha sido bem mais
tranqüilo. Agora que o tratamento chegou ao fim, voltei a beber minha Coca
gelada. O tabaco ficou para trás.
É impressionante a diferença que
ficar sem fumar por poucos dias já proporciona. Mesmo sem exercícios físicos,
minha capacidade respiratória melhorou muito – pude ir percebendo isso durante
as caminhadas até o metrô e durante os ensaios, onde meu fôlego está me
permitindo cantar bem melhor do que eu jamais havia feito. O fato de eu não ter
mais que me preocupar se meu cheiro nicotinoso incomoda alguém também faz toda
a diferença.
Finalmente comprei uma câmera
digital. Não é grande coisa, mas ela filma em Full
HD e é perfeita
para fazer filmes experimentais. Há tempos não faço um bom filme, daqueles que
me fazem sentir satisfeito e orgulhoso de mim mesmo. Porém, com o término da
faculdade, creio que terei muito mais disposição tanto para escrever para este blog quanto para novos roteiros. Tenho
algumas idéias, mas nenhuma paciência para colocá-las num papel (ou tela de
computador).
Na Páscoa, voltei a Montes Claros
novamente após apenas dois meses. Desta vez, passei mais tempo com pessoas
diferentes daquelas que encontrei em minha última passagem pela cidade, e isso
foi muito bom. Por mais que pudesse ser ótimo juntar todas as pessoas bacanas
em um só lugar, sei que isso não é possível, afinal muitos viajaram durante o
feriado. Mas minha filha estava lá e, para mim, é o que mais importa.
Não encontrar e nem dar sinal de
vida para certo alguém também me fez muito bem. Espero que dessa vez ela
perceba que não só a sua vida tem o direito de seguir em frente, como a minha
também. Não a procurei porque realmente não fiz questão disso e quero, enfim,
poder encerrar este capítulo em minha vida. Se feri seu ego, não lamento,
apenas espero que compreenda eventualmente e cesse a hostilidade.
Um dos principais motivos desta
viagem ter sido muito boa foi ter reencontrado Michele, colega de sala na
Escola Normal que se tornou rapidamente uma amiga. Intrigas estúpidas da
adolescência fizeram com que nos afastássemos por muitos anos. Relembramos
momentos daquela época, pequenos detalhes curiosos – sequer me lembrava de
muitos deles – e escutamos boas músicas com amigos também daqueles tempos,
sendo alguns outros de épocas posteriores. Encontrá-la foi diferente de
encontrar outras pessoas, pois ela, assim como eu, não pertence mais àquela
cidade, e ainda assim foi lá onde nos reencontramos. Poucas pessoas têm o dom
de fazer com que eu me sinta ótimo apenas por conversarem comigo e Michele é
uma delas. Outra grande amiga que espero carregar por muito tempo de agora em
diante.
Até o término das aulas – que
deve ocorrer na metade de Junho – continuarei a fazer atualizações esporádicas.
A faculdade roubou toda a minha
vontade de escrever, mas sigo com minha política de atualizar o blog ao menos uma
vez por mês.